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Estilo de vida

Autossabotagem: como combater o inimigo do sucesso

O que fazer para parar de nos autossabotar e dar a volta por cima?

Não sou capaz. Não tenho competência para isso. Não tenho valor. São pensamentos como estes que nos tomam a mente de tempos a tempos. O nosso pior inimigo somos nós próprios. Até quando vais sabotar-te?

Autossabotagem é definida como a nossa capacidade para ter um conjunto de ações, voluntárias ou não, que nos impedem de conquistar aquilo que desejamos para nos tornarmos pessoas verdadeiramente realizadas, seja na vida pessoal ou profissional.

medo e a insegurança tomam conta de nós de tal forma que acabam por agir de forma destrutiva ou punitiva contra nós mesmos. Começamos a criar dúvidas sobre nosso mérito, sobre as nossas capacidades e estes pensamentos dominam a nossa mente e acabamos por desistir daquilo que queremos.

Já partilhei nas redes sociais que estou a preparar um novo projeto que envolve o blog. Sabem quantas vezes é que já tive este tipo de pensamentos: todos os dias…sinto que não tenho capacidade, que isto vai tudo correr mal, que estou só a perder temponão tenho nada para apresentar que seja interessante. Há certos dias que estes pensamentos são tão intensos e reais que me impedem de avançar. É quando penso em desistir.

Sinceridade evita autossabotagem

Reconhecer o problema é o primeiro passo para a solução, porque fica mais fácil introduzir as mudanças necessárias para nos livrarmos desta armadilha que nos impede de evoluir. Sermos honestos e sinceros connosco é o melhor que temos a fazer.

Tive consciência que tinha este padrão de comportamento quando comecei a correr. Corria 5 metros e já estava cansada. E desistia…a vontade de fazer algo por mim foi maior. Não me sentia bem com o meu corpo, sentia-me cansada por subir umas escadas, por exemplo, com 30 anos!

Desde que tinha saído da escola (aos 17/18 anos) que não fazia desporto. As aulas de educação física tinham sido demasiado penosas para ter vontade de continuar a fazer alguma coisa que implicasse cansar-me. Várias vezes comecei aulas de grupo de ginástica localizada, zumba, entre outras, aguentava dois, três meses e desistia. Arranjava sempre uma desculpa – estou cansada, está frio, está calor, já é noite (no inverno), enfim…isto também porque não via resultados, logo não me entusiasmava durante muito tempo.

De acordo com uma publicação que li em tempos num blog de psicologia, “grande parte das pessoas que têm o hábito de se sabotar só conseguem perceber que o fazem quando já estão em uma fase mais avançada da vida. Isso porque já estabeleceram uma rotina de pensamentos, com os quais já se acostumaram, que não lhes deixa enxergar nenhuma possibilidade de melhoria ou de mudanças positivas no futuro”.  E como ultrapassamos isto?

O que fazer para parar de nos autossabotar e dar a volta por cima?

Ninguém consegue realmente alcançar metassonhos e objetivos sem mudar algum padrão de comportamento ou de pensamento no decorrer dessa jornadaProcurar um novo caminho que contribua para quebrar este hábito destrutivo é a resposta.

Queria perder peso, ficar em melhor forma – tinha um foco, um objetivo concreto e realista. Estava desempregada na altura e não conseguia ter rendimento para pagar uma mensalidade num ginásio. Foi quando o meu marido me fez um ultimato: eu pago-te o ginásio, mas não podes arranjar desculpas e começar a faltar. Bom, eu confesso-vos que levei isto muito a sério e, portanto, comecei a praticar crosstraining sem faltar a uma única aula, mesmo depois da primeira aula que fiquei um caco… (andei quinze dias para conseguir sentar-me na sanita!!). Depois de uns três meses comecei a sentir os primeiros resultados. Sentia-me forte e a começar a ter mais massa muscular e obviamente que levantar um pneu de trator dava-me uma autoestima do caraças.  

desporto, para mim, é essencial para ajudar a manter-me fortefocada e positiva. Vou partilhar convosco a minha experiência e como tento dar a volta por cima, todos os dias:

1 – Autoconhecimento é fundamental

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas” – Sun Tzu, no livro “A Arte da Guerra” demostra o quão importante é o autoconhecimento. 

Investir em autoconhecimento é importante para entender qual a causa dos pensamentos destrutivos e que levam a autossabotar-nos e assim será mais fácil encontrar uma solução. No meu caso, aprendi muito com o desporto que me ajudou a conhecer melhor os meus limites.

Incentivada pelo meu marido comecei a fazer caminhadas, depois aos poucos a comecei a tentar correr. Corria meia dúzia de metros e já não conseguia mais. Os pensamentos negativos surgiam: o que eu estou a fazernão sirvo para isto. Porque queria correr uma maratona logo de uma vez e não conhecia o limite da minha capacidade física.

A solução foi encontrar um plano de treino adequado para mim, e NÃO um que eu gostaria que fosse – só assim o meu objetivo será verdadeiramente alcançável. Sermos sinceros e honestos connosco na hora de estimar a nossa capacidade física até pode dar a impressão de que o objetivo final está distante, quase inalcançável, mas se tivermos a consciência de que estamos a dar tudo, que estamos a fazer o nosso possível, reduzimos a margem para falta de motivação

2 – Fazer planeamento

Já conhecem a minha pancada pelas listas? Isto resulta para a vida prática, mas definir objetivos concretos e planear uma estratégia para os atingir é o mais seguro. Conhecer os nossos limites ajuda-nos a saber até onde podemos ir a definir objetivos tangíveis. Depois é só organizar tudo para conquistar o que desejamos.

Quando finalmente consegui correr uns três, quatro quilómetros sem parar, começou o inverno, o frio, os dias pequenos, a chuva. E eu pendurei os ténis, porque a minha mente levou a melhor – não vale a pena apanhar frio e chuva para ter resultados. O bom tempo regressou e foi quando aprendi uma grande liçãosem consistência, sem trabalho duro não há milagres. Estava pior do que quando tinha começado a correr…ou seja, corria 100 metros e já não conseguia mais. Foi uma chapada tão grande que só pensava em desistir.

A estratégia que encontrei para não perder a motivação foi arranjar treinos com dia e hora marcada, à semelhança do ginásio, porque a disciplina é o segredo para manter o foco. Esta é a minha estratégia para conseguir fugir às tentações, dedicar-me aquilo que me faz bem, mesmo que num determinado momento nos pareça o contrário. Inscrevi-me na equipa de atletismo local – estão a imaginar? Eu, atleta a sério? A verdade é que se passaram três anos e os resultados do meu esforço estão à vista.

É preciso persistência, criar hábitosrotinas que nos ajudem a mudarmos a nossa atitude. Mas acham que as mudanças acontecem de um dia para o outro? Claro que não.

3 – Procurar ajuda 

Tenho uma espécie de piloto automático que se liga assim que tenho de ir treinar. Não sirvo para correr. Não consigo. Entro num diálogo interno negativo e autocrítico e faz com que me boicote constantemente. 

Enfrentar nossos próprios medosinseguranças dores requer coragem. E sozinhos não é impossível, mas é muito mais difícil. Se for preciso procurar ajuda, não há mal nenhum nisso. Rodear-nos de pessoas positivas, poderosas, bem-sucedidas, que gostam de nós, funciona como um combustível para continuarmos a nossa jornada. Há uma coisa no meio de toda a rotina, entre trabalho, treinos, família, que não abdico: tempo para mim! É fundamental para o meu bem-estar conseguir arranjar tempo para cuidar de mim. Claro que nem sempre consigo fazer isso, mas é uma prioridade sempre que posso. O segredo: encontrar o equilíbrio!

4 – Foco e disciplina sempre!

É importante assumirmos um compromisso connosco. Manter o foco no objetivo – e superar a autossabotagem. Além disso, é fundamental ter disciplina para cumprir o que traçamos no planeamento – ir riscando as tarefas da lista é motivador! Uma ferramenta importante que pode ajudar é ter um diário, um caderno, uma agenda, uma aplicação, por exemplo para termos noção de onde estamospara onde vamos e como estamos a evoluir – e ajustarmos a nossa estratégia, se necessário.

Eu uso a agenda do telemóvel para colocar os dias e horas dos treinos e todos os outros compromissos, a aplicação Notion para planificar o meu trabalho e um caderno onde vou anotando todas as ideias, planos, desejos…tenho uma pancada por cadernos, blocos de notas e afins e ainda sou muito à moda antiga – ter um estojo com canetas e papel sempre à mão!

5 – Celebrar todas as conquistas

Superar a autossabotagem não é um processo fácil. Mas quando os resultados vão aparecendo é muito gratificante. Não acredito em benefícios imediatos. Nada acontece de um dia para o outro. O progresso acontece fora da nossa zona de conforto, independentemente do tipo de pessoa que sejamos ou da nossa condição física – isto aplica-se a qualquer situação da vida. É através do esforço e da dedicação que atingimos a mudança verdadeira, muito mais importante que os resultados rápidos. 

Hoje olho para a minha aplicação da Garmin e vejo resultados que nunca pensei alcançar. Aquela menina que corria 100 metros e se atirava para o chão hoje consegue correr 10 quilómetros sem parar! Se no início os objetivos eram físicos, hoje em dia os objetivos são de performance. E isso trabalha-se todos os dias para se conseguir atingir! Acreditar no processo e confiar que tudo chega a seu tempo. É como digo sempre: aproveitar a viagem e não só a chegada, é o segredo!

Espero que o meu exemplo contribua para o teu processo de superação da autossabotagem. Acredita, trabalha e darás a volta por cima, porque todos merecemos ser felizes. Que abril traga sorrisos mil!

About Author

Sou a Andreia e sou comunicadora, empreendedora, mulher, apaixonada, real. Acompanha aqui as minhas sugestões de bem-estar e dicas de cosmética natural.

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