Gosto de imaginar as pessoas como barcos e o mar como a vida. Balançamos ao sabor do vento, por oposição à agitação das ondas. Há correntes que nos trazem a bom porto ou levam para outras paragens e há tempestades que enfrentamos, umas vezes conseguimos ultrapassá-las e sair mais fortes, outras em que saímos fragilizados e ainda há aquelas em que naufragamos.
Todos temos ancoras. São elas que nos dão força, tranquilidade, esperança e que mesmo no meio de uma tempestade são capazes de nos manter estáveis. A âncora é um instrumento que nos devolve a esperança nos momentos turbulentos. Dão-nos o que é necessário para termos equilíbrio para tomar decisões e serenidade para seguir a rota certa.
Nem sempre são daquelas que nos prendem no mesmo sítio, pesadas e que nos impedem de evoluir. São muitas vezes aquelas que nos dão conforto porque nos fixam algum lado, nos dão foco e nos mostram que pertencemos a algum lugar.
São as âncoras que nos mantêm à tona. Se encalharmos, encalhamos juntos.
andreia gonçalves
Ao longo da vida podemos ter varias âncoras, em diferentes momentos. E temos também aqueles momentos em que levantamos âncora e partimos à aventura, aonde os ventos nos levam, ou de vez em quando, à bolina.
No Comments